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CURIOSIDADE

Fotos: Arquivo Pessoal

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Reportagem: Keuly Vianney
n.noticiar@gmail.com

03/06/2023 

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Depois de ficar sumido por cerca de uma semana, um cãozinho chamado Jack viajou 30 km entre Pratápolis e Cássia, no Sul de Minas, e reencontrou a dona no Santuário de Santa Rita de Cássia no último dia 22 de maio, data em que se celebra, por coincidência, o dia da santa das causas impossíveis. 


Ninguém sabe, entretanto, como o cachorro foi parar em Cássia e especula-se que ele pode ter seguido romeiros da região pela rodovia MG-344. A semana antecedia a Festa de Santa Rita e muitos fiéis se dirigiram a pé até o santuário, considerado o maior dedicado à santa no mundo e inaugurado em 2022. (leia reportagem de turismo sobre o santuário aqui)

De forma inesperada, o vira-lata Jack, adotado da rua há mais de um ano em Pratápolis, cidade de poucos mais de 8 mil habitantes, foi reencontrado pela dona, a consultora de mídia Rosana Cruz de Pádua, pois naquele dia ela decidiu ir até o Santuário de Cássia com o namorado Guilherme Fernandes participar do evento religioso. A duração do trajeto entre as duas cidades vizinhas é de 30 minutos de carro. 


Chegando à igreja, eles avistaram dois cães, um preto e outro de pelagem clara, na entrada do templo. Ao se aproximarem, Guilherme notou semelhança do animal com Jack. "Meu namorado comentou que estava parecendo o Jack e quando nos aproximamos mais perto, eu olhei no olhinho verde dele e já falei: Jack é você? Ele ficou muito alegre, abanando o rabo e pulou em cima da gente", conta Rosana. 

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Rosa e o namorado Guilherme com o vira-lata no reencontro no Santuário de Cássia

Quem assistiu à cena foi a professora Eliana Ferreira Silva, que é voluntária no Santuário de Cássia e presidente da ONG Bicho Feliz, de Cássia. Ela conta que é muito comum animais aparecerem no local, mas Jack chamou atenção por ser bonito, amoroso e brincalhão.  


"Não sabemos o dia exato que o cachorro chegou no santuário, mas achamos que foi na sexta-feira ou sábado. Ele ficou o tempo todo aqui, interagiu com muitos fiéis, brincou, era muito meigo. Num momento, eu saí desse lugar onde a Rosana reencontrou o Jack e na volta, vi o animal interagindo com o casal, lambendo e muito feliz", lembra Eliana. 
 

Ao presenciar a cena, Eliana sugeriu que o casal adotasse o cãozinho, pois ele havia gostado deles. Foi aí que ela se surpreendeu com a resposta. "'Ele é nosso pet'. Na hora, percebi que era nítido que o cachorro era deles, pois ele estava muito feliz. Acredito que santa Rita de Cássia interveio nesse reencontro", avalia a devota. 

Já Rosana garante que todas as vezes as quais solicitou intercessão da santa, teve uma resposta positiva e, no 22 de maio, foi estreitar sua fé com a religiosa católica. "Eu ainda não tinha conseguido ir no santuário depois da inauguração, mas naquele dia alguma coisa me levou lá. Não sei como Jack foi parar no santuário, mas acredito que teve uma intercessão de santa Rita", afirma. 

Na volta para casa, Rosana percebeu que o pet estava cansado e dormiu muito. Tomou um bom banho, comeu e até recebeu pomada cicatrizante nas patas, que estavam com rachaduras, provavelmente das andanças no trajeto de 30 km.

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Jack descansa no sofá na casa em Pratápolis depois da aventura

Rosana adotou o vira-lata quando ele apareceu na rua da casa da mãe dela em Pratápolis. O cachorro começou a segui-la e foi bem aceito pelos vizinhos, mas gostava mesmo de ficar na garagem da consultora. Ela o define como um cachorro amigável, manso, brincalhão e comilão (adora um miojo), tem entre 4 e 5 anos, olhos verdes e pelo bege claro. 


O problema é que ela divide sua vida entre Franca (SP) e Pratápolis e quando não está na cidade mineira, pede para amigos e familiares cuidarem do cãozinho. Quando ela não está em casa, deixa a garagem aberta para que o pet tenha liberdade para sair e voltar. "Jack foi se aproximando e ficando aqui na minha garagem. Todo mundo na cidade o conhece e cuida dele, mas sabe que ele é meu pet. Na verdade, ele me adotou", diz.

Vira-lata Jack na garagem da casa de Rosana; ele sempre teve liberdade no local

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Rosana já tem planos caso Jack fuja novamente. "Vou comprar uma coleira, grafar o nome Jack e informar meus contatos. Mas agora, ele não foge de novo, é um protegido de santa Rita", brinca.  

"Não posso tirá-lo de Pratápolis, pois é o tipo de cachorro que não irá ficar preso em apartamento ou fechado em casa. A natureza dele é ficar na rua e voltar para casa", avalia a consultora. 

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Rosana dá carinho ao Jack depois do sumiço e trajeto de 30 km

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