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TURISMO

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Místico, Morro das Cruzes oferece belas 
paisagens no pé da Serra da Canastra

Reportagem e fotos: Keuly Vianney
n.noticiar@gmail.com
04/08/2023 

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Ainda pouco explorado como destino turístico da Serra da Canastra, o místico Morro das Cruzes é uma das opções para quem gosta de turismo de aventura, principalmente nesse período do ano. Com trilhas desenhadas pela própria natureza, o passeio oferece belas vistas da Serra da Babilônia, na região de Delfinópolis e São João Batista do Glória, numa vegetação preservada do Cerrado no Sul de Minas Gerais. 


O Morro das Cruzes fica no pé da Serra da Canastra em Delfinópolis, mas seu acesso é bem próximo das cidades de Passos e São João Batista do Glória (veja como chegar com mais detalhes no Serviço abaixo). Depois de sair da rodovia MG-146, os trechos são de asfalto rudimentar e de estrada de terra, com várias pousadas, bares e restaurantes, onde você pode parar e saborear comida mineira típica da região. 

A aventura já começa nessas estradas, com o carro comendo poeira vermelha nesse tempo seco do outono/inverno. Por isso, é aconselhável escolher um veículo 4x4 ou uma caminhonete para circular no local. De 30 a 40 minutos, você percorre estradas rurais contemplando paisagens bucólicas até chegar ao Morro das Cruzes. 

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Cenários na estrada de terra e beleza da paisagem bucólica são as primeiras impressões do passeio

Um problema observado pela reportagem é que ainda não há sinalização indicando onde é exatamente o Morro das Cruzes. Por isso, é bom ficar atento, pois a entrada para a trilha fica do lado esquerdo, bem em frente a um empreendimento denominado Vale do Céu. Com essa dica, não tem erro. É só estacionar o carro num lugar cercado ao lado da entrada do morro e iniciar a aventura. 


A partir dali, só é  possível  ir a pé, como indica uma das placas. O morro se apresenta imponente à esquerda, sendo possível, para os mais atentos, enxergar de baixo a pontinha de uma cruz lá em cima: o destino se revela mais próximo neste momento. 

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Morro das Cruzes, que se apresenta imponente; conforme Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é considerado morro a elevação natural de terreno com altura de até 300 metros

Porém, ainda há um caminho a percorrer que exige bastante do físico, pois a trilha é de nível moderado a difícil, com subidas íngremes, muitas pedras e sem nenhum tipo de item de segurança. A subida deve ser feita com cuidado e atenção, bem ao gosto dos amantes de aventura e da natureza.

Nos primeiros trechos da subida, o visitante tem que transpor blocos de pedra encrustrados, segurando aqui e ali, além das pedrinhas soltas que fazem escorregar a qualquer momento. Aqueles com dificuldades de locomoção, principalmente com problemas nas articulações, podem não conseguir avançar nas pedras devido à rusticidade da trilha. Pelo fato da reportagem ter ido à tarde, boa parte do trajeto foi realizado na sombra.

Trilha é cheia de pedras e com subidas íngremes, exigindo bem do físico 

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Caminhos tortuosos da trilha já mostram as belas paisagens da serra

A cada parada para recuperar o fôlego, já é possível avistar a bela paisagem da região, misturando o verde com os marrons e amarelos do Cerrado mineiro. Junto à vegetação, várias espécies de flores e árvores aparecem inesperadamente na caminhada, como ipês, orquídeas e sempre-viva (veja fotos na galeria abaixo; arraste as fotos e clique nas imagens para ler a legenda)  

Conforme a caminhada vai chegando perto do topo, há trilhas mais desenhadas e assentadas com pedras pequenas, mas ainda com poucas placas de sinalização e indicação de quanto tempo falta para atingir o grande objetivo. São de três a quatro lances de subida acentuada até chegar ao destino final e observar a beleza dos vãos da serra. 
 

A reportagem demorou de 35 a 40 minutos para concluir a subida de 1,2km, aproximadamente, caminhando numa boa velocidade, mas sempre curtindo a paisagem, que rende belas fotos. 

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Paisagens se revelam mais bonitas à medida que se sobe o morro

A recompensa é total quando se chega no cume do morro. Dali, se vê a imensidão e a beleza da Serra da Babilônia por vários ângulos (veja vídeo abaixo). O momento leva à reflexão, gratidão e paz na alma. A misticidade também se revela com as cruzes, de variados tamanhos e cores, ali deixadas pelos visitantes que conseguiram concluir a trilha. 


No meio, uma pequena capela rústica dedicada à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, provavelmente construída em 2005, de acordo com informações inscritas na construção. Dentro, várias imagens, fotos e outras peças, que devem ter sido levadas por devotos ou por pagadores de promessas. 

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Vistas do topo no Morro das Cruzes, de onde se tem imensidão da beleza da  serra 

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Falando em pagar promessa, as muitas cruzes no morro também demonstram o lado religioso de quem visita o lugar, motivo o qual foi dado o nome de Morro das Cruzes, como contam moradores locais. Também há quem conte que o morro ficou mais conhecido após um homem levar nas costas sua esposa com câncer para ela apreciar a bela vista antes de falecer. 
 

A própria capela também alegam que foi construída devido a uma promessa paga à padroeira. Histórias à parte, o fato é que subir o morro é realmente compensador para quem gosta de turismo de contemplação. No dia de visita da reportagem, muitas pessoas estavam subindo depois das 17h, pois dizem que o pôr do sol lá é espetacular.  Com sorte, você pode admirar um arco-íris se formando ali, na sua frente. 

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Algumas das cruzes deixadas no morro; à direita, detalhe da pequena capela construída lá em cima

Depois de muito admirar as paisagens da serra, a descida se faz com uma atenção maior com as pedras menores e muito lisas, fazendo o pé escorregar facilmente e causar acidentes. Em determinados trechos, o corpo é exigido em alongamentos para alcançar os pontos de apoio nos blocos de pedras. 


Já na volta pela estrada, ainda dá para observar com mais detalhes cenas bucólicas não percebidas durante a ida, incluindo grandes árvores e outras paisagens. Nas avaliações do Google Maps, o Morro das Cruzes é bem avaliado pelos visitantes com 4,9 pontos, dos 5 possíveis. 

Com  pôr do sol, cena fica ainda mais linda com as cores do céu; à esquerda, grande árvore na estrada  / Fotos: Dimitri Silveira

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SERVIÇO
Morro das Cruzes, em Delfinópolis, na Serra da Canastra, no Sul de Minas Gerais
. Fica a 34 km do centro de Passos rumo a São João Batista do Glória, saindo  pela MG-146. Após atravessar a ponte Tristão da Cunha, ande mais até avistar alguns silos e, mais à frente, entre numa estrada à esquerda. Ande mais 2,3km e vire à esquerda na BR-464. Percorra mais uns 10km e vire à direita (nesse ponto, há várias placas de estabelecimentos), quando se inicia a estrada de terra. Siga em frente por cerca de 9 km até o morro, que fica do lado esquerdo em frente ao estabelecimento Vale do Céu. 

 

O que vestir e levar: roupas leves e de caminhada, um bom tênis, chapéu ou boné para quem precisa. Hidrate-se bastante, pois a trilha é puxada em determinados trechos. Bastão de trilha ajuda bem na caminhada. 

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