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TURISMO

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Qual a perspectiva para turismo da região após acidente em Capitólio?

Reportagem e edição: Keuly Vianney

n.noticiar@gmail.com

11/01/2022

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A tragédia nos cânions de Capitólio, no Sul de Minas, no último dia 8 de janeiro, traz várias reflexões sobre as ações turísticas na região. Além de rever o uso consciente dos destinos e atrações naturais e aquáticas, a principal delas talvez seja o impacto no turismo regional a partir de agora. Por isso, o Noticiar.net perguntou a autoridades,  representantes de entidades do segmento e guias turísticos: qual a perspectiva para o turismo regional após o acidente nos cânions?

Os cânios ainda continuam interditados e o trabalho de buscas da 2ª Cia do Corpo de Bombeiros de Passos foi finalizada hoje, já que todas as 10 vítimas foram identificadas pela Polícia Civil e outras medidas estão sendo tomadas pelos órgãos competentes, como a Marinha do Brasil, Defesa Civil e prefeituras.

Veja abaixo as resposta dos entrevistados:

 

“Considerando a gravidade da ocorrência, certamente haverá queda na movimentação de turistas, mas acreditamos que as autoridades competentes darão uma resposta rápida e precisa sobre todo o ocorrido, de modo a restabelecer de forma segura a atividade, especialmente naquelas imediações”, Fausto Costa, secretário executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), que congrega 34 municípios entorno do Lago de Furnas, incluindo Capitólio, São José da Barra, São João Batista do Glória, dentre outros.

“Vemos com certa preocupação e não podemos deixar que esse desastre macule todo o potencial turístico da região. Foi uma fatalidade que deve ser reparada e fazer com que as autoridades atentem para a fiscalização e, principalmente, no suporte adequado ao turista. Passos e região são abastecidas por esse turismo que vem de Capitólio e se o turismo em Capitólio vai mal, toda nossa região turisticamente vai mal. Já estamos agendando reuniões na Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg) para levantar essas questões e unir forças para que o turismo regional seja enxergado de forma mais responsável e que se tenha investimentos para a segurança dos turistas”, Diego Oliveira, prefeito de Passos, maior cidade região, a cerca de 74km de Capitólio, que recebe grande parte dos visitantes devido à sua boa rede hoteleira e estrutura turística.

“O fato ocorrido no último dia 8 de janeiro em Capitólio pode afetar de forma significativa o turismo regional. Porém, é bom sabermos que nossa região possui uma grande diversidade de atrativos turísticos que podem ser explorados, como a própria navegabilidade dentro do Lago de Furnas, o qual possui inúmeros locais com belas paisagens e belas cachoeiras que podem ser visitadas hoje também de forma segura. O que sabemos até  agora é que, desde a respectiva data, todos os órgãos competentes, juntamente com o poder público municipal de Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, estão tomando as devidas providências e atuando incansavelmente em relação ao ocorrido. Um trabalho em conjunto com a Marinha do Brasil, o governo do Estado, Defesa Civil e os municípios irão trazer respostas a todos sobre o fato e, de forma imediata, estão focados também em ações conjuntas para proporcionar ainda mais um turismo seguro a todos que visitam a região, sendo que essas medidas já estão sendo tomadas”, José Eduardo de Almeida, presidente do Circuito Nascentes das Gerais, que atende 19 cidades da região.  

“Acho que foi uma fatalidade. O desmoronamento poderia ter ocorrido à noite, de madrugada ou qualquer outro momento que não houvesse ninguém por perto e não teria havido as mortes que causaram tantas dores. 

Isso está fazendo todos pensarem no que poderia ter sido realizado para ter evitado o que aconteceu. E o principal: o que poderá ser feito para evitar que algo semelhante ou outros tipos de acidentes venham ocorrer no futuro, esse é o principal interesse de todos. Num primeiro momento, haverá, sim, uma retração nas atividades turísticas, até que tudo seja repensado e as medidas necessárias colocadas em prática, mas depois disso, o turista começará a se sentir mais seguro e voltará a realizar os passeios nessa região, que é tão linda”, Hebert Mendonça, que atua no setor turístico de Passos há 45 anos e proprietário da cachoeira Paraíso Perdido, uma das mais bem estruturadas da região.

“Com o acidente e a viralização das imagens nas redes sociais, Capitólio irá ter uma pequena queda no turismo, pois deixaram as pessoas com medo de visitar o local, achando que pode acontecer novamente. Mas quero dizer a essas pessoas que estamos aqui para mostrar as belezas ímpares de Capitólio, com total segurança como sempre fazemos”, Shannon Aramys, Guia de Turismo habilitado que atua na região de Capitólio desde 2014.

“Acredito que, com o potencial de visualizações dos vídeos da tragédia, o turismo em Capitólio sofra uma  pequena queda natural, pois o turista está com poucas informações do acidente e isso também influencia nessa queda do turismo. Eu atuo no turismo desde 2015, sou natural de Capitólio e posso afirmar que nada parecido havia acontecido na região. Como os turistas, nós, guias da cidade, também estamos impactados com o acontecido, mas estamos preparados para oferecer um serviço com segurança e prevenções contra acidentes, visando sempre uma melhor experiência no município”, de Túlio Michel, que atua com receptivo de turistas em Capitólio há 6 anos.

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