top of page

CULTURA

IMG-20210708-WA0000.jpg

Fotos: Divulgação

Passense ensina artes para

imigrantes na Austrália

Reportagem e edição: Keuly Vianney

n.noticiar@gmail.com

14/07/2021

whats-logo.png

Ensinar arte para imigrantes é um trabalho humanitário que atrai muita gente pelo mundo afora. Pois a passense Lúcia Mendes Batista é uma dessas privilegiadas em Canberra, a capital da Austrália. Ela está no país dos cangurus há mais de 10 anos e desde março atua como professora num projeto cultural subsidiado pelo governo australiano, que acolhe mulheres vindas de outros países.

Lúcia participa do projeto Migrants Women’s Art Group (MWAG), ligado ao Belco Arts Centre, órgão subsidiado pelo governo da Austrália por meio do Ministry Arts & Culture, oferecendo todo suporte ao curso de artes, com espaço confortável, material e lanche ao grupo de imigrantes. As aulas acontecem semanalmente com 24 alunas de várias nacionalidades. Um vez ao mês, são ministradas palestras de vários temas para que elas possam falar sobre país de origem e apresentar vídeos. 

IMG-20210708-WA0004.jpg

Passense Lúcia (direita) com uma de suas alunas imigrantes na sala de artes  

De onde vêm as imigrantes

           Alemanha

           Bolívia

           Brasil

           Chile

           China

           Coréia do Sul

           Equador

coreia.png
zelandia.png

Espanha

Índia

Itália

Japão

Portugal

Nova Zelândia

Paquistão

Rússia

“Este grupo é composto por mulheres de diversos países e as aulas são bem interessantes, pois dividimos espaço, cultura e técnicas, ensinando e aprendendo. Somos bastante unidas, com cada uma oferecendo o que sabe, dando realce a seu país e cidade de origem”, conta a passense.

 

Lúcia mudou-se de Passos aos 14 anos, indo com a família para Brasília (DF). Lá, graduou-se em educação física, mas o amor pela arte sempre a seguiu, participando de cursos de artes plásticas, música e dança. 

“Fui convidada a participar do grupo e passei a ensinar minha própria técnica, com pinturas de figuras produzidas por meio de tinta a óleo representadas na tela usando radiografias velhas. Minha técnica foi aceita com entusiasmo pelas imigrantes e nas minhas aulas, sempre dou ênfase às paisagens e cultura brasileiras”, diz Lúcia. “É um trabalho bem interessante com muitas surpresas, fazendo com que o artista tenha satisfação imensa na execução”, completa a artista, informando que mudou-se para Austrália por motivos familiares, pois a filha Adriane trabalha como cientista no país.

E a cidade natal é sempre lembrada nas aulas da passense. “Quando falei sobre o nosso Brasil, senti orgulho em mostrar as belezas do país e comentar sobre artistas brasileiros e famosos. E sempre mostro às imigrantes obras de Passos, como as belíssimas pinturas do nosso inesquecível pintor Jerônimo Neto na Igreja Matriz”, completa.  

 

Para Lúcia, mais que ensinar arte e técnicas para as imigrantes, há o lado humanitário de ajudar a inserção dessas mulheres na sociedade local, combatendo discriminação, aumentando autoestima feminina, ensinando um trabalho artístico ou ainda interagindo com culturas diferentes, em que o Oriente e o Ocidente se complementam.

“Trabalhar com este grupo é maravilhoso, pois tenho oportunidade de fazer novas amizades com pessoas de diferentes países, adquirindo mais cultura, sempre respeitando hábitos e educação delas. Cada uma representa seu país com entusiasmo, ensinando e aprendendo, a seu modo, diferentes estilos de usar sua criatividade nas artes”, analisa Lúcia.

 

O trabalho com as imigrantes chamou tanta atenção que mereceu divulgação na TV News Chanel 21 neste mês. Veja na Galeria abaixo fotos do curso e algumas obras em óleo sobre tela de autoria da passense que enfeitam a casa dela na Austrália.

VEJA MAIS

bottom of page