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GALERIA

ARTES

O artesanato criativo das

Arteiras da Canastra

Reportagem e edição: Keuly Vianney

Fotos: Divulgação

09/02/2021

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Elas são legítimas artesãs do Sul de Minas. De Delfinópolis, as Arteiras da Canastra são mulheres que transformam as fibras da bananeira em artesanato e estão se destacando pelo trabalho manual com peças decorativas e utilitárias que já foram enviadas até para o exterior.

 

Desde 2018, elas se dedicam a fazer artesanato somente com fibra de bananeira, matéria-prima abundante em Delfinópolis, grande produtora de bananas em Minas Gerais. Já são várias peças produzidas, como fruteiras, imagens sacras, petisqueiras, luminárias, mandalas, bandejas, chapéus, caixas, bolsas, etc. Tudo vira arte nas mãos das criativas arteiras (veja Galeria acima e clique nas fotos para ler as legendas).

Atualmente, três mulheres comandam a associação das Arteiras da Canastra: a presidente Silvia Barçanuta Cabral, a vice-presidente Carina Fátima de Souza Melo e a vice-tesoureira Nailse Geralda Oliveira Fonseca.

 

“É uma associação antiga que atua desde 2009 em Delfinópolis, mas as Arteiras da Canastra surgiram em 2018, quando nos dedicamos só às fibras de bananeira. Somos um grupo de 14 artesãs, mas devido à pandemia reduzimos a produção a quatro mulheres para respeitar as normas de distanciamento da Covid-19”, explicam à reportagem.

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Arteiras Silvia, Nailse e Carina com bonecos em tamanho natural encomendados para decoração de um bar temático

Conforme as mulheres, o nome surgiu de uma brincadeira. “Sempre fizemos arte e quem faz arte, é arteira. Por estarmos aos pés da Serra da Canastra, ficou Arteiras da Canastra”, contam as artesãs.

 

Elas mesmas coletam a matéria-prima e a transformam na fibra de bananeira. O processo foi aprendido em cinco cursos gratuitos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas), que tem escritório regional em Passos, e com o Sebrae, o qual ofereceu treinamento de design e está ajudando na criação da identidade do artesanato local.

“Já trabalhávamos com  artesanato, como bonecas de pano e decoupage. Com os cursos de capacitação, aprendemos as técnicas para trabalhar com fibras naturais, cascas e sementes. Vendemos muitas peças para turistas que visitam a cidade, mas já tivemos clientes que compraram para enviar à Alemanha, Chile e Estados Unidos”, lembram.

 

Hoje, as arteiras trabalham num espaço cedido pela prefeitura, onde fica a loja e a oficina. Em média, são produzidas 15 peças/mês. Para divulgar o artesanato, elas mantêm parcerias com queijarias, restaurantes e pousadas. “Em 2021, planejamos expandir, aumentar o número de artesãs, participar de feiras e continuar aprimorando nossa arte”, afirmam.

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