BEM TOMBADO

Estação Cultura
Ano de inauguração: 1921
Ano de tombamento: 2007
Estilo: inglês
Área: 22.183,17 m²

Descrição do bem tombado
A Estação Cultura é formada por um conjunto de edificações em estilo inglês construído na década de 1920, onde funcionou a antiga estação ferroviária da Cia. Mogiana e, depois, a Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa). São prédios em bom estado de conservação e com materiais originais do início do século 20 preservados e a manutenção da pintura em tons de marrom e amarelo, apesar da falta de investimentos mais constantes para salvaguardar o bem tombado.
O conjunto é formado por quatro construções de época: prédio principal e casa de telégrafo (estação de passageiros), depósito e armazém (estação de cargas). Somam-se às edificações uma vasta área verde descampada e as antigas residências dos funcionários e galpões industriais desativados da companhia.

Conjunto de edificações da Estação inclui quatro construções do início do século 20


Fachada dá dimensão da construção em estilo inglês; no detalhe, o telhado em mansarda
A grande amplitude da via garante uma boa visibilidade da fachada e da dimensão da construção em estilo inglês, marcada, sobretudo, pela presença de telhados em mansarda, um pequeno sótão com abertura de janelas, principalmente na parte central da construção, e teto inclinado.
Pequenos gramados verdes ocupam a entrada, com seis postes de iluminação também no estilo inglês, além das portas de madeiras altas e bem dimensionadas. Em formato retangular, o prédio principal possui janelas ladeando as portas de madeira, vidros e grades externas de ferro batido. Nas laterais do prédio, o nome de Passos aparece grande, indicando que ali funcionou o antigo ramal férreo.
Esse estilo usa e abusa de vãos, que são parte importante da composição plástica arquitetônica da obra. O hall de acesso abre a possibilidade de se voltar no tempo das antigas ferrovias do Sudeste do Brasil.
No espaço onde funcionava a sala de espera para o embarque, por exemplo, é possível presenciar materiais centenários, como ladrilho hidráulico de desenhos geométricos, guichês, o ferro e madeira trabalhados nos portões, janelas e portas.


Guichês e quadro de avisos continuam intactos na estação

Ladrilho hidráulico está preservado na antiga ferroviária

Estação de cargas é usada como espaço de eventos culturais


Portas e janelas de madeira com ferragem são características do bem tombado
À frente da sala de espera, a ampla plataforma de embarque/desembarque, coberta com piso de pedras naturais e retangulares, está bem preservada. Uma marquise, de desenho simples, é sustentada por mãos francesas de ferro e coberta por telha metálica.
Os trilhos, que não estão mais no local, ficavam paralelos à grande plataforma, no vasto descampado de área verde. Mais acima, a Travessa Mogi, uma das ruas que delimita o quarteirão, está num nível mais elevado em relação à estação. Ali, voltadas para o eixo dos antigos trilhos já inexistentes, podem ser vistas as edificações residenciais dos trabalhadores da rede e integrantes do conjunto ferroviário.

Grande plataforma de embarque; trilhos foram retirados do local

Área descampada da estação com a cidade ao fundo

Centro de Memória, que ocupou antigo armazém, abriga documentos e outras peças doadas
Já o Centro de Memória ocupa o antigo armazém, ao lado esquerdo da entrada, numa área bem menor que o prédio principal, mas com o mesmo estilo. Lá, há um mezanino construído com parte dos trilhos e dormentes da antiga ferrovia.
Nesse espaço, abrigou-se por um tempo um tipo de arquivo municipal, contendo peças do poder judiciário, como inventários do século 19, até meados da década de 1990, e registros representativos do patrimônio histórico da comunidade local.
Todo esse material foi transferido para uma das salas do Palácio da Cultura em 2021. Hoje, no local, encontram-se antigos documentos do Cartório Eleitoral de Passos e antiguidades doadas pela população.
Importância
A estação ferroviária construída em Passos tem valor histórico não só para o município, mas para todo o complexo ferroviário da Companhia Mogiana, responsável pelo escoamento de café nos Estados de São Paulo e Minas Gerais no século 20. O ramal foi o último construído pela empresa no Brasil em 1921, já que a partir daquele ano foram realizadas somente retificações de traçado da linha-tronco.
Cidades do interior do Brasil que receberam estradas de ferro tiveram um crescimento urbano considerável, com expansão comercial e como centro difusor de caminhos. Minas Gerais, especialmente, surgiu como grande exportadora de café aliado ao crescimento da pecuária. Com a expansão das ferrovias da Mogiana, Passos se inseriu no contexto da atividade exportadora.
Já na construção, ressalta-se o tratamento diferenciado e esmero dado à ferroviária de Passos pela Mogiana. A obra fugiu do padrão utilizado na grande maioria das ferrovias das pequenas cidades mineiras, que incorporavam construções austeras e composição plástica bem simples.
O caso de Passos apresentou uma arquitetura moderna e bem mais elaborada para a época, com cobertura em estilo inglês. Esse estilo fez com que a estação passense se destacasse das demais do ramal, substituindo o padrão antigo de alvenaria e tijolos à vista, como aconteceu em Guaxupé, Guaranésia, Catitó, Monte Santo de Minas e Pratápolis.

Antiga ferroviária de Passos diferenciou das outras construções da Cia Mogiana ao incorporar estilo inglês
Dessa forma, constitui-se como importante referencial arquitetônico não só para Passos, mas para todo o Brasil. Além desse aspecto econômico e histórico, a estação passou a difundir a cultura do município, quando se transformou na Estação Cultura e Centro de Memória, nos anos 1990.
De lá para cá, a antiga ferroviária abriu suas portas para oficinas, apresentações teatrais, exposições artísticas, recitais e outros eventos culturais. Porém, voltou ao ócio pela falta de políticas públicas para uma ocupação e utilização mais efetiva do espaço.
História
Passos buscou a implantação do transporte ferroviário desde o Império. A mais antiga referência ao assunto na Câmara data de 1873, mas somente se concretizou quase 50 anos depois. O sonho da ferrovia tomou corpo com a República, que promoveu mudanças no setor férreo do país devido à expansão da cafeicultura no Sudeste.
Fundada em 1872, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro surge com a lei provincial nº 18, a fim de escoar o café de uma grande região produtora em São Paulo. Da sede em Campinas, o trecho inicial ia até Mogy-Mirim com ramal em cidades da Província paulista.
A mesma lei concedia o prolongamento da linha até as margens do Rio Grande, em Minas Gerais, passando pelas cidades paulistas Casa Branca e Franca, transportando café e gado. A Mogiana cresceu junto com a produção do grão, expandindo seus ramais a cada ano nas estradas do extremo Sul do Estado, de Tuyty a Guaxupé, passando por Muzambinho; de Guaxupé a São Sebastião do Paraíso e Santa Rita, passando por Monte Santo; e de Guaxupé a Passos, até a margem do Rio Grande, passando por Jacuí.
Com extensão de 125.869m, os estudos para o ramal de Passos foram aprovados pelo Decreto nº 9.523, de 1902. Porém, o projeto não vingou pela substituição do superintendente da Mogiana. Com o envio de um novo representante à cidade, o engenheiro Renato Braga encarregou-se de estudar o traçado da ferrovia a partir de São Sebastião do Paraíso.
O avanço do café em terras paulistas e mineiras impulsionou o desenvolvimento da linha de Casa Branca a Guaxupé e, daí, a São Sebastião do Paraíso e Passos. O novo traçado permitiu aumento de mais de 70km de estradas férreas, autorizado pelo Decreto nº 12.308, de 1916.
Em novembro de 1917, a obra inicia em São Sebastião do Paraíso, com assentamento dos trilhos seis meses depois. Já Passos comemora o lançamento da pedra fundamental da sua estação ferroviária em abril de 1921. A estrada de Itaú de Minas, distrito de Passos, já havia sido inaugurada.

Imagem da época de inauguração da ferroviária na década de 1920 / Arquivo Palácio da Cultura
Em Passos, a inauguração ocorreu em 11 de dezembro de 1921, com a chegada do trem às 15h45, vindo do ramal férreo Itaú de Minas-Guaxupé. Com entusiasmadas aclamações populares, o evento teve a presença de cerca de quatro mil pessoas, conforme ata da Câmara Municipal.
A estação era composta por um pavilhão principal de 320m², separado em sete divisões, com arquitetura de inspiração inglesa, estilo padrão da Mogiana a exemplo de outras estações, como no caso de Campinas-Jaguariúna. O prédio apresentava hall de acesso com guichês, bancos de espera, transição para a plataforma de embarque e sala de chefia e barracão de cargas à direita.
O toalete feminino, chamado de “banheiro de senhoras”, ficava à esquerda, enquanto o masculino estava mais à frente. Na parte de trás, ficava a grande plataforma de embarque/desembarque, coberta e com piso de pedras retangulares. A partir de então, os trens faziam parte do cenário da cidade, com o som das vaporosas ecoando ao longe, ou os trens de modelo diesel buzinando anos mais tarde.
No entanto, o trem expresso de passageiros só começou a funcionar em 1940, depois de vários pedidos dos passenses. Trinta anos depois, a estação de Passos foi desativada pela Fepasa. Em 1976, o tráfego de passageiros foi eliminado em definitivo, sobrando os cargueiros, que atendiam somente o carregamento de cimento da fábrica de Itaú de Minas, vindo por São Sebastião do Paraíso e linha São Paulo-Minas.

Pessoas na entrada da ferroviária, que começou transporte de passageiros em 1940 / Arquivo Palácio da Cultura
A desapropriação e transferência da estação para o município foram marcadas por difíceis negociações entre a Prefeitura de Passos e a Fepasa. Nesse ínterim, todos os bens materiais, como móveis, instrumentos, trilhos e objetos da estação, foram retirados pela empresa. O ramal de Casa Branca–Passos foi desativado em 1978.
Abandonada nos 15 anos seguintes, a estação foi alvo de depredação, vandalismo e uso marginal. Enquanto persistia o impasse da desapropriação, a Prefeitura de Passos fechou o imóvel, emparedando portas e janelas para evitar maiores danos com a ocupação irregular.
Relatório da Fepasa de 1986 apontou que a estação de Passos encontrava-se fechada e em mau estado, mas todas as portas e janelas originais ainda mantinham-se no local.
Nesse período, alguns passenses se movimentaram a fim de instalar uma entidade pública de preservação da memória, cultura e a história do município. Paralelamente, o poder judiciário precisava de um local adequado para armazenar arquivos, pois não havia mais espaço no fórum, hoje Palácio da Cultura.
Máquina inglesa dos anos 50 é um dos bens culturais na Estação

Aliando as duas necessidades, nasceu o projeto “Centro de Memória”, por iniciativa do professor Antônio Teodoro Grillo e com o objetivo de preservar arquivos textuais e museológicos de Passos. A proposta esbarrava no problema de encontrar um prédio histórico para abrigar esse tipo de documento.
Surgiu, assim, a ideia de utilizar a antiga Estação Ferroviária, visando ao seu tombamento. Vários segmentos da população se mobilizaram concebendo um projeto maior, a Estação Cultura, que incluiria várias instituições culturais.
As edificações da antiga Estação Ferroviária de Passos passaram por tentativa de tombamento em maio de 1993, para implantar o projeto Estação Cultura pelo Decreto Municipal nº 68. No entanto, a documentação não foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) no processo de tombo.
O Decreto 68, do prefeito José Hernani da Silveira, estipulava a destinação da Estação Cultura para abrigar o Museu Municipal e o Arquivo Público Municipal. Dizia o decreto: “Ao Museu da Estação Cultura de Passos competirá a restauração, conservação e comunicação da memória passense (...) e ao Arquivo Público Municipal da Estação Cultura de Passos competirá a prospecção, guarda, conservação, pesquisa e divulgação dos registros escritos que representam o patrimônio histórico de nossa comunidade”.
Entre 1993 e 1994, houve uma restauração recorde nos imóveis para inaugurar a Estação Cultura. Em 1995, somente o Centro de Memória começou a funcionar, instalado no armazém. No início dos anos 2000, a antiga ferroviária manteve o mesmo uso: fechada na maior parte do tempo e de acesso restrito.
O Conselho Municipal de Patrimônio Cultural refez todo o processo de tombamento em 2007, encaminhando a documentação correta ao Iepha/MG e incluindo as diretrizes de intervenção sobre o bem tombado. Dentre elas, destacava-se o impedimento de novas edificações com altura superior a 7m na área de entorno da Estação. O tombamento definitivo ocorreu em junho de 2007 com o Decreto Municipal nº 991.
Intervenções e restauro
São raros os documentos de intervenções na Estação Ferroviária de Passos quando o prédio pertencia à Mogiana e, depois, à Fepasa, como indica o dossiê de tombamento. Reparos estruturais devem ter existido, mas não há como precisar datas. O que se sabe é que, no momento da inauguração do ramal, existiam apenas a edificação principal, a chamada Estação de Passageiros, e um anexo à esquerda, no mesmo estilo, destinado ao banheiro masculino.
Os serviços da estação se concentravam no prédio principal, com hall de acesso, guichês, sala de chefia, barracão de cargas, banheiros e a grande plataforma de embarque/desembarque. Os outros prédios foram erguidos ao longo dos anos, conforme a necessidade da ferrovia. Este é o caso da Estação de Cargas, construída na década de 1950, para estocagem de materiais.
A nova obra acompanhou o alinhamento da fachada principal e o mesmo padrão arquitetônico, com dimensões de 160m². Até 1970, não há documentos oficiais de novas construções ou intervenções significativas no complexo, assim como não existe data precisa da retirada dos trilhos. Depois desse período, o fato é que o local esteve abandonado nos 15 anos seguintes, sofrendo depredações.
A primeira intervenção de peso é reconhecida entre 1993 e 1994, quando houve uma reforma recorde nos prédios para colocar em prática o projeto da Estação Cultura. Em 58 dias, foram feitos reparos pontuais, reposição das grades de ferro nas janelas, refazendo exatamente o modelo anterior, e ainda o resgate da pintura original.
Quadro testemunho com as pinturas realizadas no local ao longo tempo

Numa das salas, há um tipo de quadro-testemunho mostrando o procedimento que identificou até quatro tipos de tintas nas paredes internas da ferroviária em intervenções anteriores. Já as tonalidades de amarelo e marrom da fachada foram sempre mantidas e preservadas.
Na obra, o depósito de cargas foi transformado em espaço para eventos, cursos e auditório. O telhado recebeu atenção especial, recuperando as telhas francesas originais, que foram descidas uma a uma, lavadas, tratadas e devolvidas ao seu lugar. Já a caixa d’água começou a abrigar os quadros de distribuição de energia.
Ainda nesta reforma, houve a retirada parcial do muro de proteção que unia as duas edificações principais, abrindo acesso ao anexo, que passou a ser utilizado como depósito. Esta intervenção criou caminhos antes inexistentes na estação.
Porém, a estação de cargas, ou armazém, sofreu as mais radicais modificações do conjunto para instalação do Centro de Memória. Internamente, uma estrutura em concreto foi construída para apoiar o mezanino de piso em estrutura metálica e chapa xadrez, que abrigou toda documentação histórica. No piso inferior, foram feitas divisões internas, trocou-se o piso original por ardósia e refez-se a parte elétrica.
Escadas e mezanino do Centro de Memória foram construídos com antigos trilhos da ferrovia


Logo depois, somente o armazém foi ocupado com os materiais do Centro de Memória. Já em 2007, ano de tombamento do bem, laudos técnicos apontaram falta de manutenção e abandono da administração pública com a Estação, que apresentava danos no forro e marquise, irregularidades nas paredes, ressecamento das madeiras nas portas e janelas, ferragens enferrujadas, desgaste do piso e problemas elétricos.
Preocupado com as condições estruturais da Estação, o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Passos solicitou à administração um projeto de restauração do conjunto a fim de revitalizar o complexo arquitetônico e urbanístico. Para tanto, contratou-se uma equipe especializada em 2011 para fazer diagnóstico e laudo técnico sobre os principais pontos de revitalização.
O laudo técnico apontou que houve descaracterização no ambiente interno da estação na reforma de 1993 e 1994. O documento ainda detectou que aquela intervenção valorizou apenas a estação de cargas, deixando o prédio principal sem uso constante, contribuindo para sua deterioração.
Por isso, seriam necessários restauros urgentes nas alvenarias, portas e janelas, revestimentos, pintura, pisos e forros em todos os prédios do conjunto. Apoiado nesse laudo técnico, o Conselho economizou verbas do Fundo Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural (Fumpac) por três anos para providenciar as intervenções necessárias.

Revitalização de 2017 recuperou pintura original da fachada, nas cores amarelo e acabamentos em marrom
De março a dezembro de 2016, o complexo foi restaurado com obra emergencial na infraestrutura de todos os prédios, principalmente nos telhados, forro, pisos, sistemas elétrico e hidráulico, além de revitalização do jardim frontal em estilo inglês.
Em 2017, a Estação Cultura estava pronta para sediar vários eventos culturais. Desde então, o bem tombado não recebeu mais investimentos estruturais e sua ocupação ocorreu, predominantemente, na área externa.

Funcionamento
Endereço: Rua da Estação s/n – Bairro Coimbras
Dias e horários: de segunda à sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 16h
Acesso: gratuito


O Mapa Virtual dos Bens Tombados de Passos é uma produção do site Noticiar.net, publicado em outubro de 2024 e realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico de Passos.
Ficha técnica:
Produção, pesquisa documental, redação e edição: Keuly Vianney
Fotos: Aluísio de Souza e Keuly Vianney
Revisão: José dos Reis Santos
Webdesigner: Mariana de Lima Cruz
Agradecimentos: Marcos Roberto da Silva Costa, Afonsinho Simosono, Ivan Vasconcellos, Maurício Ponsancini, Roseymar Zaroni, Suzana Machado, Samyra Marques
Referências Bibliográficas:
____________. Dossiês de tombamento do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Passos de 1998 a 2020.
____________. 150 anos da Santa Casa de Misericórdia de Passos. Folha da Manhã. Passos (MG), 2014.
____________. 150 anos de Passos. Folha da Manhã e Fesp. Passos (MG), 2008.
____________. A História das Ferrovias no Brasil. Ministério dos Transportes, Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes. Disponível no https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/ferrovias/historico
Castro, Wagner. Ensaio para uma Pintura Espírita. Belo Horizonte (MG), 2011.
Noronha, Washington. A História de Passos. Passos (MG), 1969.
Vianney, Keuly. Câmara Municipal de Passos - 170 anos (1850-2020). Passos (MG), 2020. Edição online disponível em https://www.camarapassos.mg.gov.br/camara%20passos%203o%20relatorio.pdf