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TURISMO

PESCA

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Exposição virtual conta

história da pesca em MG

Reportagem e edição: Keuly Vianney

WebDesign: Hanna Teixeira

18/07/2020

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José Augusto, de Piumhi, é o guardião das peças antigas sobre a pesca / Foto: Aluísio de Souza

“Contando a História da Pesca em Minas” é o nome da exposição virtual, que tem início na próxima semana no grupo público Memorial da Pesca de Minas Gerais, no Facebook. A iniciativa é do jornalista e pescador esportivo José Augusto de Andrade, de Piumhi, cidade que é porta de entrada da Serra da Canastra, berço do Rio São Francisco, e de bom acesso ao Rio Grande, no Sul de Minas. 

O acervo reúne peças e conjuntos a partir da década de 1960 que contam a história da pesca no Estado por meio de doações de amantes da atividade. Vários materiais já foram coletados e serão expostos na internet para que as pessoas apreciem de casa. O diferencial é que os artigos pesqueiros vão ser postados aos poucos, sempre tendo uma atração nova na exposição (confira algumas peças na Galeria abaixo e clique nas fotos para ler a legenda).

“Peça por peça, ou o conjunto de peças, será fotografada e mostrada na exposição, contando a sua história e fazendo menção ao doador”, explica José Augusto, que é consultor em pesca esportiva há mais de 25 anos.

Conforme ele, as peças foram amealhadas há um bom tempo dentro de um grande projeto de criação do Museu Mineiro da Pesca, a ser sediado em Piumhi e previsto para 2020. A inauguração do espaço físico, no entanto, foi adiada devido à pandemia do novo coronavírus.

“O projeto Museu Mineiro da Pesca (MMP) surgiu a partir da busca pela preservação da memória da pesca esportiva em Minas Gerais. Nossa ideia se baseia na preocupação com o resgate da história deste segmento no Estado desde os anos 1960, quando nomes como Oswaldo Wenceslau Silva e Onofre Miranda deram os primeiros passos, objetivando dar visibilidade a este esporte, seja realizando torneios ou divulgando nas colunas especializadas que mantiveram por cerca de 50 anos nos jornais da capital mineira”, explica o jornalista, que também tem sua coluna de pesca Beira de Rio há 25 anos, no jornal Alto do São Francisco, de Piumhi.

Equipamentos de época, como carretilhas, molinetes, varas, iscas artificiais e outros apetrechos utilizados na pesca ao longo da história, além de material didático e fotográfico de valor histórico, são as principais atrações do museu. Parte deste material já estará em exibição na exposição da próxima semana, despertando a curiosidade dos amantes da pesca esportiva.

“Se contabilizarmos as publicações e fotografias, já temos cerca de 200 peças, mas o acervo formado por equipamentos ainda é bem tímido, não mais que 30 peças. Ainda estamos buscando por doações, lembrando que cada doador e benfeitor será distinguido com um certificado e terá seu nome inscrito na lista daqueles que contribuíram com a iniciativa e junto às peças que doou”, informa José Augusto.

O jornalista acredita que, nestes moldes, este deve o ser o primeiro Museu da Pesca dedicado ao segmento não só em de Minas, mas no Brasil. “Tudo que for relacionado à pesca esportiva estará lá. Queremos dar ênfase ao que  nossos antecessores fizeram pela pesca esportiva em Minas Gerais. E o Sul e Sudoeste de Minas mineiro terão um espaço todo especial neste contexto”.

A expectativa era lançar o projeto neste ano, mas devido à pandemia foi necessário repensar a inauguração física. “Este cenário de pandemia trouxe inúmeros obstáculos a todos que pretendiam realizar algo e conosco não foi diferente. Mas estamos firmes no propósito e nossa ideia é ter um espaço na Casa de Cultura Oscar Alves Rocha, em Piumhi, para expor e preservar este acervo. Se tudo correr bem, quem sabe não o inauguremos até dezembro”, adianta.

Pescador desde criança, o jornalista já atuou em duas revistas especializadas de pesca esportiva em parceria com o fotógrafo Aluísio de Souza, de Passos, incluindo viagens para o Pantanal (MS). Na pesca esportiva, especializou-se a partir de da década de 1990, quando iniciou a coordenação e realização de torneios de pesca no Rio São Francisco.

O consultor afirma que a pesca amadora e esportiva influencia positivamente todos os setores, incluindo econômico e cultural. Ele cita como exemplo Mato Grosso do Sul, que respira pesca esportiva numa atividade geradora de milhões de reais no turismo estadual.

“Minas Gerais já avançou muito e acredito que para todos os mineiros, principalmente os cidadãos que vivem no entorno das represas localizadas às margens de rios importantes como o São Francisco, colhem direta ou indiretamente os frutos desta atividade turística, hoje bastante evidente em regiões do Lago de Furnas, em Três Marias e na microrregião de Piumhi, onde se tornou tradição o Festival da Pesca no Rio São Francisco, que inclui na programação oficial o Campeonato Mineiro de Pesca e Torneio Nacional de Pesca à Piapara”, avalia.

“Transformar Minas Gerais num destino para os pescadores esportivos brasileiros e até do exterior é um projeto audacioso, mas estamos imbuídos nesta missão, sempre contando e cobrando muito de nossos governantes para que abram os olhos ao potencial desta atividade para a economia estadual e à necessidade de adotar medidas de proteção das espécies de peixes que habitam as bacias hidrográficas mineiras”, finaliza José Augusto.

SERVIÇO

Exposição Virtual “Contando a História da Pesca em Minas”, no grupo público Memorial da Pesca de Minas Gerais, no Facebook. Inicia na próxima semana. Interessados em contribuir ou investir no Museu Mineiro da Pesca podem entrar em contato pelo telefone (37) 3371-1278

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