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Covid-19: um raio X das vacinas disponíveis aos brasileiros em 2021

Reportagem e edição: Keuly Vianney    |  WebDesign: Hanna Teixeira   |  09/01/2021

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Depois de muito esperar, já se começa a desenhar quais vacinas contra a Covid-19 estarão disponíveis aos brasileiros em 2021 e incorporadas ao Plano Nacional de Imunização (PNI). Na semana em que o Ministério da Saúde (MS) assinou contrato com o Instituto Butantan para compra do imunizante, são dois tipos de vacinas confirmadas, fora a negociação com cinco laboratórios e o consórcio Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Devido ao atraso no PNI, a vacinação deve começar somente após 20 de janeiro. Ontem, dois pedidos de uso emergencial foram feitos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um deles é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, com a vacina Oxford/AstraZeneca, com 2 milhões de doses prontas importadas da Índia. 

Já o Instituto Butantan (SP) também fez o pedido de uso emergencial da CoronaVac, produção conjunta com a farmacêutica Sinovac, da China. Entretanto, a Anvisa estima que a avaliação demore cerca de 10 dias, além de informar que o pedido de registro definitivo, o qual permite a vacinação em massa, deve ser efetuado até 15 de janeiro. 

Cerca de 50 países já iniciaram a imunização contra o novo coronavírus, mas o Brasil ainda vive o impasse de compra de seringas. Conforme o Ministério da Saúde, já estão asseguradas 354 milhões de doses de imunizantes para 2021. Veja abaixo informações sobre as vacinas que já estão com contrato ou intenção de compra assinado pelo governo brasileiro.

VACINAS COMPRADAS PELO BRASIL

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CoronaVac

Origem: farmacêutica Sinovac, da China, em parceria com o Instituto Butantan (SP)

Eficácia: 78%, com 2 doses no intervalo de 14 dias

Nº de doses compradas: 100 milhões

Testes no DF, MG, PR, RJ, RS e SP

Situação: pedido do Butantan para uso emergencial à Anvisa em 8 de janeiro. Caso seja aprovada, a próxima fase já inicia imunização

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Oxford-AstraZeneca

Origem: Reino Unido em parceria com Fiocruz (RJ)

Eficácia: 70%, sendo necessárias 2 doses

Nº de doses compradas: 212 milhões, entre importadas e produção nacional

Testes na BA, RJ, RN, RS e SP 

Situação: Fiocruz solicitou pedido de uso emergencial à Anvisa dia 8 de janeiro. Se aprovado, vacinação pode iniciar em seguida

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Covax Facility

Origem: consórcio da OMS com 10 laboratórios para acelerar fabricação e acesso igualitário de vacinas contra a Covid-19 em todo mundo

Nº de doses para o Brasil: 42,5 milhões, ainda sem previsão de quais vacinas serão compradas e enviadas ao país

Fontes: MS, Fiocruz, Instituto Butantan e Reportagem/ Fotos Divulgação

VACINAS EM NEGOCIAÇÃO

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Pfizer e BioNTech

Origem: Estados Unidos e Alemanha, em parceria com Cepic e Instituto Obras Sociais Irmã Dulce. Usa tecnologia nova de RNA mensageiro do coronavírus para induzir resposta imune no organismo

Eficácia: 95%, sendo prevista 2 doses

Testes na BA e SP, mas com aplicação na União Européia, Estados Unidos, Reino Unido e outros países

Situação: no Brasil, pedido está em análise na Anvisa

Drogas e seringa

Janssen

Origem: Bélgica, sendo braço da empresa Johnson & Johnson

Eficácia: 95%, mas ainda está em análise dos resultados preliminares e em avaliação de 1 ou 2 doses

Testes nos Estados Unidos, Bélgica e no Brasil, na BA, DF, MG, MS, MT,PR, RJ, RN, RS, SC e SP

Situação: governo brasileiro assegurou compra da vacina,que já foi testada na Espanha, Alemanha e Bélgica

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Moderna

Origem: Estados Unidos, com uso do RNA mensageiro

Eficácia: 94%, com 2 doses com intervalos de 28 dias

Situação: além dos americanos, já aprovaram o uso emergencial no Canadá, Israel e na União Européia

Instituto Gamaleya

Origem: Rússia, com produção Vacina Sputinik V

Eficácia: 92%

Situação: foi aplicada Rússia e na Argentina

Fontes: MS, Fiocruz, Instituto Butantan e Reportagem/ Fotos Divulgação

MS divulga possíveis datas de vacinação

O Ministério da Saúde também divulgou nesta semana possíveis datas para o início da imunização no país. Há três possibilidades divulgadas:

- Até 20 de janeiro: melhor hipótese, com o uso das vacinas do Instituto Butantan e as doses da vacina da AstraZeneca importadas da Índia

- 20 janeiro a 10 de fevereiro: hipótese intermediária, já com vacinas produzidas no Brasil pelo Butantan e pela Fiocruz

- 10 de fevereiro até início de março: hipótese de vacinação mais tardia

A vacinação está dividida em quatro fases, de acordo com o perfil da população. Os primeiros da fila serão os trabalhadores da área de saúde, indígenas e idosos com mais de 60 anos. Numa segunda fase, são prioritários idosos entre 60 e 74 anos, enquanto na terceira etapa foram inclusos pessoas com comorbidades e aquelas com deficiência permanente severa.

A quarta fase vai imunizar os profissionais da educação, moradores de ruas, membros da força de segurança e salvamento, trabalhadores do transporte coletivo e rodoviários, funcionários e população do sistema carcerário. 

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Ministério da Saúde dividiu em quatro etapas esta primeira fase da vacinação

Nesta semana, o Brasil registrou 7,8 milhões de casos do novo coronavírus, ultrapassando os 200 mil mortos. Dos confirmados, houve 7 milhões recuperados da doença. O Estado com maior número de casos é São Paulo, onde 1,5 milhão de pessoas foram infectadas, seguido de Minas Gerais, com cerca de 567 mil registros de Covid-19, e Santa Catarina, com 506 mil notificações.

Enquanto a vacina não chega, os órgãos de saúde orientam para que as pessoas mantenham a prevenção contra o novo coronavírus, com distanciamento social, uso de máscara, higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool em gel. Um das medidas mais eficazes continua sendo evitar aglomerações.

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