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SAÚDE

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Período chuvoso: atenção para acidentes com animais peçonhentos

Texto: Keuly Vianney

n.noticiar@gmail.com
09/11/2022

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Com a prevalência de chuvas na região, é preciso atentar para os acidentes com animais peçonhentos, como escorpiões, cobras e aranhas, como orienta a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta semana. Conforme a secretaria, esse tipo de ocorrência é mais frequente em tempo chuvoso e de temperaturas quentes, como na estação Primavera-Verão. Alguns casos levam até à morte, dependendo do animal e da falta de atendimento médico adequado. 

Há bastante tempo, moradores de Passos reclamam do grande número de escorpiões em vários bairros da cidade, principalmente no centro. Além de cobras, escorpiões e aranhas, a SES também cita lagartas, lacraias, abelhas e vespas como outros potenciais causadores de acidentes. Estes animais e insetos se abrigam tanto em áreas urbanas e rurais, em lugares mal limpos, com material de construção e lixo, como terrenos baldios, mas também ficam nas proximidade de casas, jardins e parques. 

A SES-MG informa que de 2018 até 2022, o número de acidentes por animais peçonhentos ultrapassa os 243 mil casos, alcançando uma média anual de 48.750 mil registros e 336 mortes em Minas. Mais de 70% dos registros são causados por escorpiões. 

A referência técnica de Acidentes por Animais Peçonhentos da SES-MG, Andréia Kelly Santos, explica que os acidentes por animais peçonhentos são classificados como leves, moderados e graves, de acordo com o tipo e intensidade de sinais e sintomas apresentados pelo paciente. “A maioria dos acidentes causados por escorpiões, aranhas e lagartas é classificado como leve e não possui necessidade de aplicação de soro. Os soros indicados são específicos para cada tipo de animal peçonhento causador do acidente”, diz a técnica da SES-MG. 

A orientação em caso de acidentes com qualquer animal peçonhento é procurar atendimento médico na Unidade Básica de Saúde (UBS) o mais rápido possível para avaliar o caso, a indicação de soro e tratamento adequado. 

“Estes soros antipeçonhentos estão disponíveis apenas em unidades públicas de saúde para que todos os pacientes tenham a mesma oportunidade de atendimento. Estas unidades são comumente chamadas de unidades de soroterapia e estão presentes em alguns municípios de todo o Estado, de acordo com a capacidade de atendimento de cada uma e o número de acidentes que ocorrem nos municípios de cada Unidade Regional de Saúde”, informa Andréia. 

Na região de Passos, 16 cidades possuem unidades de soroterapia, conforme divulgação da SES-MG: Capitólio, Cássia, Delfinópolis, Guapé, Ibiraci, Itamogi, Jacuí, Monte Santo de Minas, Nova Resende, Passos, Pimenta, Piumhi, São Sebastião do Paraíso, São João Batista do Glória, São Roque de Minas e São Tomás de Aquino. 
 
Veneno
Os animais peçonhentos se diferem dos animais venenosos por possuírem glândulas de veneno que se comunicam com dentes, ferrões ou aguilhões, as quais são as estruturas por onde a substância venenosa é introduzido na vítima. Dentre os sintomas, podem ocorrer reações como vermelhidão, irritação local, bolhas e coceira. 

A SES-MG alerta que medidas de prevenção são a melhor forma de evitar acidentes e divulgou uma série de cuidados, que podem reduzir a presença desses animais peçonhentos neste período: 

- Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário, use um pedaço de madeira, enxada ou foice.


- Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estes estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para remoção. 

- Olhar com atenção o local de trabalho e caminhos a percorrer. 

Caixa de sapatos

- Inspecionar roupas, calçados, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, pano de chão e tapetes, antes de usá-los.

- Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto, e procure a autoridade de saúde local para orientações.

- Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) em locais ou situações de risco. 

Veja também o que fazer em caso de ocorrência de acidentes com animais peçonhentos: 

- Procure atendimento médico imediatamente na unidade de saúde mais próxima

- Mantenha o acidentado em repouso, deitado e com o membro acometido elevado em relação ao resto do corpo, enquanto aguarda por socorro. A vítima deve evitar correr ou se locomover por meios próprios. 

 

- Caso seja possível, não atrase a ida do acidentado à Unidade de Saúde e lave o local do acidente com água e sabão, apenas.  

- Não tente sugar o local com a boca para extrair o veneno ou amarrar o membro acidentado. Não aplique algum tipo de substância (como álcool, pó de café, ervas, terra, querosene ou urina) no local da ferida. Tais procedimentos não têm efeito sobre o veneno e só aumentam o risco de infecções.

- Procure atentar para a cor e o tamanho do animal causador, pois suas características podem auxiliar no diagnóstico e no tratamento do agravo. 

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