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JORNALISMO 360º

MEIO AMBIENTE

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Plantas e aves mais

comuns em Passos

Reportagem e edição: Keuly Vianney

Imagem 360º: Aluísio de Souza

Arte: Hanna Teixeira

04/08/2019

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Uma pesquisa científica para melhorar a arborização urbana em Passos identificou quais as espécies de plantas e aves mais comuns na cidade, nos últimos 2 anos. O estudo é desenvolvido no campus de Passos da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e ainda está em fase de conclusão, mas já é uma amostra das espécies que vivem no Cerrado e Mata Atlântica e interferem diretamente na vida dos moradores da região (na imagem acima, faça visita 360º no bioma da periferia de Passos).

Sob a supervisão do professor doutor em ecologia e pós-doutorado em entomologia, ambos na Universidade de São Paulo (USP), Hipólito Ferreira Paulino Neto, as pesquisas foram desenvolvidas por alunos do curso de Ciências Biológicas da Uemg. Veja nos infográficos ao longo da reportagem quais as plantas e aves mais comuns, incluindo raras e ameaçadas de extinção.

Desde 2016, o docente trabalha no projeto “Conectar para conservar: Programa de conservação e arborização urbana com espécies nativas em Passos”. Ele pretende identificar quais plantas nativas e exóticas são mais indicadas para arborizar a cidade e deixá-la com temperaturas mais amenas.

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Para Hipólito, Passos tem altas temperaturas devido à pouca incidência de plantas e árvores em seu território.

Em 2019, ele trabalha com 10 alunos de bacharelado e licenciatura, visando pesquisas in loco para produção e edição da primeira parte de um livro com as informações obtidas na pesquisa. A obra deve estar completa com a segunda parte, prevista para 2020, e futura publicação em 2021.

“Com as pesquisas, pensamos em conectar a vegetação nativa urbana e em seu entorno, promovendo um fluxo gênico através da cidade para efetuar a conservação da flora e fauna típicas da nossa região”, afirma o pesquisador. “Passos terá uma paisagem amigável para a flora nativa, além de favorecer a passagem de animais nativos, sejam mamíferos, aves ou insetos”.

Dentre os mamíferos mais comuns na cidade, ele destaca a presença de macacos e quatis. Tucanos, araras, sabiás, beija-flor formam o grupo de aves, enquanto abelhas nativas sem ferrão e borboletas são os insetos mais frequentes.

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Diversidade pobre

Com essas primeiras pesquisas sobre os tipos de plantas e aves mais comuns na cidade, Hipólito já faz uma avaliação da diversidade da flora e fauna passenses.

 “Ecologicamente, Passos é pobre em diversidade de plantas, pois apenas duas espécies representam quase metade de todas as espécies arbóreas plantadas na cidade”, conta. “Uma delas, a Murraia paniculata, é até proibida de ser plantada em outros Estados, como São Paulo e Paraná, pois é hospedeira de uma bactéria que é praga na cultura do citrus”.

 

Em relação às aves, a pesquisa apontou que todas as espécies foram avistadas na periferia, mas no centro a ocorrência é menor devido às poucas árvores plantadas.

 

“No centro da cidade, há poucos recursos para as aves, como alimentos, abrigos e local para fazer ninhos. Tornou-se um ambiente inóspito, ao contrário da periferia, que está mais próxima do habitat natural, contendo todos os recursos para plantas e aves”, explica Hipólito.

Bem-estar

Para o pesquisador, quanto maior a diversidade da flora e fauna, maior a possibilidade do centro abrigar mais aves e plantas. Isso implica numa beleza e riqueza naturais, como o verde das árvores e o canto dos pássaros, que promovem o bem-estar da população.

Hipólito antecipa que o livro com as pesquisas vai ser referência para programas de arborização de cidades da região e de outras partes do Brasil onde predominam o Cerrado e a Mata Atlântica. “Nossa obra vai servir para orientar prefeituras e Organizações Não-governamentais”, diz.

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Na Uemg desde 2015, o docente promove pesquisas e ações de extensão em escolas desde 2016. O principal objetivo é conscientizar os alunos, manter locais de conservação e cuidar das espécies presentes na região.

“Com a extinção de nossas espécies, há implicações econômicas, medicinais, culturais e ecológicas, que podem causar todo um desequilíbrio ecossistêmico, incluindo a propagação de pragas”, alerta.

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Hipólito mantém várias pesquisas em andamento com outras universidades / Foto: Divulgação

Novas Pesquisas

Para manter a produção científica a todo vapor, o professor doutor Hipólito Ferreira Paulino Neto participa de outras pesquisas importantes para a fauna e flora da região, incluindo parcerias com outras universidades brasileiras. Estão em andamento:

- Polinização por besouros

- Coleta do cheiro de flores para verificar composição química do buquê e definir qual composto atrai polinizadores, em parceria com o professor Artur Maia e pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

- Estrutura populacional e biologia floral da Attalea geraensis, a palmeira  Indaiá, típica do Cerrado

- Polinização e ecologia química do açoita-cavalo

-Efeito das formigas na produção de frutos mediada por cigarrinhas, em parceria com o professor Kleber Del Claro, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

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