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VIDA NA REDE

Histórias que se cruzam na quarentena

Reportagem: Keuly Vianney   WebDesign: Hanna Teixeira   29/04/2020

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A quarentena e o isolamento social têm dado uma mãozinha para (re)encontros impensáveis antes da pandemia do novo coronavírus. O grupo Recordar é Viver, criado no Facebook para reencontrar pessoas de um bairro de Passos, no Sul de Minas, ultrapassou mais de 2.500 seguidores em menos de três semanas, revelando muitas histórias de vida que nunca seriam divulgadas e permaneceriam adormecidas em lembranças e saudades.

O grupo foi criado pelas amigas Imaculada Conceição Neves e Fabiana Aquino da Silva no dia 8 de abril para reencontrar pessoas que moravam no bairro Santa Helena. Mas, a iniciativa ultrapassou a ideia inicial e já reúne moradores de outros bairros, como São Francisco, Santa Terezinha e Candeias.

“Nosso objetivo era recordar os velhos tempos de uma turma antiga da Santa Helena para lembrar de nossas festas, gincanas e quem estudou na Escola Lourenço de Andrade. Só que um foi contando para o outro e, em poucas semanas, já alcançamos 2.500 seguidores”, conta Imaculada, que morou 48 anos no Santa Helena e hoje está em Arcos, mas sempre visita Passos.

Conforme Imaculada, o envolvimento dos seguidores é grande, com curtidas, comentários e postagens 24 horas/dia. “Virou uma febre e acho que foi por conta do isolamento. São fotos, lembranças, recordações de pessoas que mudaram há muitos anos dos locais e estão adorando relembrar o passado. São várias histórias e você vê pessoas simples postando fotos de suas famílias e felizes em compartilhar”, diz a administradora do grupo. “Há muito carinho e respeito e as pessoas se sentem muito valorizadas”, completa.

O tema mais comum é a saudade da vida passada, principalmente dos entes queridos que já se foram. No entanto, há muitas histórias interessantes surgindo nos posts do grupo, como informa Imaculada. “Contaram a história de um atleta que era jogador do Corinthians Franciscano que cobrou escanteio, correu na área e ele mesmo fez o gol, ou outras pessoas que subiram o morro do São Francisco para jogar água na cruz para pedir chuva. Tem aquelas pessoas que mudaram da cidade há mais de 20 anos e estão reencontrando amigos de infância ou de escola. Mas também há homenagens aos falecidos”.

Mas há uma regra especial no Recordar é Viver: é proibido postar sobre doença, política, religião e fazer propaganda. O espaço é estritamente destinado para as pessoas contarem suas histórias de vida. “Percebemos que tem pessoas de todos níveis, com histórias simples. O grupo está fazendo diferença na vida de muita gente. Não imaginávamos essa repercussão”, afirma.

A administradora do grupo acredita que o isolamento social das últimas semanas despertou a vontade das pessoas participarem do grupo. “Acho que a quarentena contribuiu muito, pois as pessoas estavam entediadas, depressivas e ansiosas. O grupo surgiu como uma tábua de salvação para elas se esquecerem dos problemas atuais. E para nós, administradoras, está fazendo um bem enorme, pois estamos muito felizes em saber que estamos ajudando tanta gente”.

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