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ARTES

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Foto: Fifa

Adeus ao Rei Pelé: arte além do futebol

Texto: Keuly Vianney

n.noticiar@gmail.com

02/01/2023

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Nesta semana em que o mundo dá adeus a  Pelé (1940-2022), o Rei do Futebol, o Noticiar.net reúne uma série de produções das belas artes que comprovam a reverência ao mineiro de Três Corações não só dentro do campo, mas também na pintura, na literatura, no cinema, na música, na História em Quadrinhos. Afinal, a genialidade do jogador vai além do esporte mais popular do planeta, pois foi ovacionada por todos seus admiradores e considerada uma obra-prima. 


O camisa 10 da seleção brasileira foi protagonista em diversas produções artísticas pelo planeta. Ficou famoso e respeitado pela sua fantástica habilidade com os pés, um dom nato que o projetou  como o maior futebolista de todos os tempos, mas a verdade é que sua vida e obra foram reconhecidos por artistas renomados e anônimos. 

De fato, todos reverenciaram Pelé para que sua obra mágica se eternizasse como arte, revolucionando o mundo cultural, influenciando gerações e criando uma legião de fãs. Veja abaixo quais as produções ele bateu um bolão muito além de seu futebol-arte que você pode ver e  lembrar do atleta do século para sempre: 

Nas artes plásticas
Pelo mundo inteiro, Pelé ganhou muitas estátuas, bustos, esculturas. No entanto, uma das obras de maior relevância nas artes plásticas é o retrato produzido pelo artista Andy Warhol (1928-1987), mestre da pop art. Warhol já era um reconhecido pintor e tinha retratado ícones mundiais, como Marilyn Monroe (1926-1962) e Elvis Presley (1935-1977).

Numa série com atletas famosos, ele pintou Pelé aos 37 anos em 1977 com sua inseparável bola. Warhol, que já tinha profetizado a frase "todos terão seus 15 minutos de fama", comentou ao conhecer o brasileiro: “em vez de 15 minutos de fama, ele terá 15 séculos”. Em 2019, a obra alcançou o valor de US$ 855 mil num leilão na Casa Christie’s, em Nova York. 

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Tela de Andy Warhol pintada em 1977 / Foto: Reprodução

Capa do livro de Maciel Aguiar que traz crônicas em português, alemão e inglês / Reprodução

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Na Literatura
Desde que se destacou no futebol, Pelé foi o principal personagem de diversos livros, crônicas e reportagens em jornais de muitos países. Muitos narram a vida do jogador e seus lances geniais, aparecendo sua primeira autobiografia em 1961.

 

De lá para cá, são várias as obras literárias com participação do rei do futebol, versando sobre sua carreira, suas opiniões, a importância do esporte e seu trabalho em prol da sociedade. De olho no livro "Pelé: o Rei da Bola", de Maciel Aguiar, de 2006, que compila emocionantes crônicas do maior atleta do século 20 em português, alemão e inglês. 

No cinema
Do campo para a telona. Pelé foi convidado e gravou filmes de variados estilos com grandes nome
s do cinema mundial. O primeiro deles foi  em 1959, "O Preço da Vitória", longa brasileiro de Oswaldo Sampaio no qual fez uma ponta ao lado de campeões da Copa de 1958, Bellini, Castilho e Didi, com apenas 19 anos. 


Uma das produções de maior prestígio é "Fuga para Vitória", de 1981, quando contracenou com Sylvester Stallone, ator norte-americano ganhador do Oscar de melhor filme com "Rocky, um Lutador" em 1977. Atual, o longa se passa em 1942 quando prisioneiros de guerra nazista aceitam jogar para tentar fugir durante o intervalo da partida contra os alemães. A genialidade de Pelé é bem retratada nos lances de treino e da partida principal, como um magistral gol de bicicleta. 

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Pelé em cena de "Fuga para Vitória", de 1971 / Foto: Reprodução

E quem pensa que ele só atuou como jogador de futebol, está enganado. No cinema nacional, Em "A Marcha", de 1972, Pelé interpretou um homem que luta pela aboliçao da escravatura no país ao lado do amigo Paulo Goulart. Já em “Os Trapalhões e o Rei do Futebol”, de 1986, contracenou uma comédia com Didi, Dedé, Mussum e Zacarias homenageando o maior jogador de todos os tempos. 


Em 2001, participou da comédia britânica "Mike Basset: o Treinador Inglês", uma de suas últimas aparições na sétima arte. Veja aqui um vídeo especial divulgado pela Fifa sobre o Rei Pelé. 

HQ Pelezinho, de Mauricio de Sousa, eternizou infância do rei / Reprodução

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Nas HQs
O Rei Pelé sempre foi figura carimbada em qualquer tipo de produção artística, mas nas HQs mereceu um status alcançado por poucos, principalmente quando o assunto é Maurício de Sousa. Criador da Turma da Mônica, o desenhista deu vida ao Pelezinho em 1976 a
pós conversas com o jogador.

 

A partir de então, o astro do futebol passou a figurar nos gibis contando um pouco da infância do rei, sendo publicadas revistas entre agosto de 1977 até dezembro de 1986, além de edições especiais. Pelezinho tinha sua turma: Cana Braba, Frangão, Bonga, Neusinha, Rex, Samira e Teófilo. As revistas do Pelezinho foram traduzidas para várias línguas e circularam em vários países. 

Na música
Pelé também tinha talento para a música. O rei tocava violão, cantava e compunha - informações da mídia nacional dão conta de que ele compôs mais de 100 canções. Por isso, foi convidado a fazer parceria e bater bola com craques de peso no mundo da música, como Elis Regina (1945-1982) e Roberto Carlos, além de Jair Rodrigues (1939-2014) e Sérgio Mendes, com qual gravou um disco luxuoso em 1977 nos Estados Unidos com destaque para a faixa "Meu mundo é uma bola". 

De voz grave, cantou diversos gêneros musicais, da bossa nova ao samba, passando pelo sertanejo e canções infantis. Em 1991, participou do clipe "A luz do mundo", do projeto "Se Essa Rua Fosse Minha", idealizado pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho (1935-1997), para amparar crianças que viviam nas ruas. 

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Pelé e Elis fizeram tabelinha; rei do futebol também tinha talento para música / Reprodução

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