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DEGUSTE

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Fotos: Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Casca florida: agora sim, é Queijo Minas Artesanal genuíno

Texto: Keuly Vianney
n.noticiar@gmail.com

24/08/2022

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Uma boa novidade para apreciadores de queijos artesanais: o casca florida, muito produzido na região da Canastra, já é oficialmente considerado Queijo Minas Artesanal. Esta variedade da iguaria tem conquistado os paladares mais exigentes por se diferenciar do queijo tradicional na cobertura, que conta com a presença ou dominância de fungos filamentosos, os chamados mofos ou bolores. 


Com um sabor peculiar, o casca florida deixa o queijo mais encorpado em comparação com o tradicional e muitos produtores da Canastra já vêm diversificando e  investindo neste tipo de iguaria. Para chegar a essa variedade, é usado um fungo como o Geotrichum Candidum, o mesmo presente em queijos famosos, como o camembert francês. 

Como é preciso ambiente climatizado para o desenvolvimento da cultura dos fungos, muitas queijarias de São Roque de Minas, Delfinópolis e Piumhi, por exemplo, vêm se adaptando e realizam a maturação do queijo em cavernas. Muitos deles já foram premiados em concursos nacionais e internacionais. 


O reconhecimento do Queijo Minas Artesanal de Casca Florida (QMACF) foi graças à Resolução de nº 42, publicada no Diário Oficial de Minas Gerais nos últimos dias de dezembro. O fato ainda repercutiu nesta semana entre os produtores mineiros, que comemoraram mais esta conquista. 

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Queijo casca florida precisa de um fungo para desenvolver casca "mofada"

Com a Resolução, o governo mineiro atesta quão é especial o mercado queijeiro, assim como o tipo casca florida não oferece riscos à saúde, pois é feito de leite cru e com técnicas de cultura mineira. Minas Gerais se tornou, assim, o primeiro Estado do Brasil a reconhecer esta variedade de queijo feito de forma artesanal.  


O próximo passo é trabalhar para regularizar definitivamente o casca florida por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Produtores mineiros vêm diversificando produção de queijos artesanais

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Conforme a Agência Minas, o governador Romeu Zema reiterou que o Estado continua trabalhando na valorização e na agregação de valor dos produtos genuinamente mineiros. “Assim como temos o presunto Parma e a baguete francesa, por exemplo, queremos que o queijo minas artesanal seja reconhecido mundialmente”, explicou o governador.

Regiões produtoras
Informações da Agência Minas dão conta de que, atualmente, Minas Gerais  possui 30 mil produtores de queijos, sendo que 9 mil deles produzem Queijo Minas Artesanal. A produção estimada é de 40 mil toneladas/ano. 

As dez regiões reconhecidas por essa produção artesanal são: Araxá, Canastra, Campos das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro, Serras da Ibitipoca, Diamantina e Entre Serras da Piedade ao Caraça.


Ao todo, 112 queijarias estão registradas no IMA com o Selo Arte, permitindo a comercialização em todo país. O objetivo do governo mineiro é ampliar o número de queijarias registradas, retirando o produtor da informalidade e aumentando o número de microrregiões reconhecidas como produtoras de queijo artesanal.

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